quinta-feira, 1 de outubro de 2009

DE TEMPOS EM TEMPOS

12/9/2009

Há tempos atrás quando uma pessoa querida de muitos anos disse que é normal quando o tempo chora nos chorarmos também, nunca mais esqueci.
Faz parte hoje de meu acervo de memória.
Quando penso nas vezes que calei, quando a vontade era gritar, quando chorar parecia fraqueza, quando disser chega era ser brusca demais
Quando penso de tantas que me enganei choro agora e parece que é pra sempre
Vejo sulcos no rosto caminhos derradeiros da lágrima que insiste em debruçar sobre mim.
A vida sendo uma caminhada de oportunidades porque a covardia impera instalada dentro do meu ser que parece que nunca mais vai desabitar
Sendo meu coração tão duro comigo deixando-me atrelada a conceitos e medos como posso parar outra vez, ser feliz. Não, não é isso que procuro, pois a felicidade mora em mim.
O que de fato acontece é que não vejo mais razão pra deixar ela me encantar
Como nos dias que amigos visitam e me fazem sorrir sem ver que atrás desses olhos e tem uma dor maior e que hoje me sufoca e mal consigo liberar minha garganta
Até onde devo guardar toda essa dor
Estar feliz eu sei o que é mas,
Nessa estrada cheia de pedras que machucam meus pés sei que logo ali existe areia que acaricia que brinca com meus pés e deixa-me tamanha alegria
Hoje depois das palavras vi que não tinha nada para disser tomei-me de susto, tamanha a minha frieza por não importar de não ter nada a disser
Tenho medo de pensar que não te amo mais será que temos ainda algo em comum
De tudo que reclamo você diz a mesma coisa pensamos igual a tudo
Não temos mais diferença/
Onde está à excitação que nos uniu o tocar de pele que arrepiava onde, se esconderam nossas emoções?
Pra onde foram será que nos abandonaram?
Não existem mais?
Ou é a mágoa que encobre tudo e me faz calar?
A chuva cai lá fora e me sinto só.

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